A natureza da mente humana
A natureza colocou-o no ápice da escala zoológica, não somente com total domínio sobre os animais, mas também com integral predomínio sobre todos os demais seres viventes e não viventes existentes sobre a face da Terra.
O seu maior privilégio, sem nenhuma dúvida, é o de possuir o sentido da vida e plena consciência de si mesmo, o que o distingue fundamentalmente dos demais seres viventes.
Todos os eventos universais caracterizam-se pela ordem e pela harmonia. Estas são indícios de leis que os regem e das quais não há como fugir sem que advenham gravíssimas implicações.
Todos os seres vivos, entre os quais a espécie humana, não escapam a essa regra universal e se confundem entre si no que diz respeito a origem, ao desenvolvimento e ao futuro comum relativo à sua composição.
As características da mente humana sadia
Fundamentalmente, dentro das diferenciações de cada espécie e de sua disponibilidade em função ao meio, nada há que possa notabilizá-la.
Os seres animais obedecem à mesmo composição, formação e desenvolvimento, com variações de tempo ou de grau sem dúvida, mas nunca de forma. Sob esse prisma, portanto, o ser humano se confunde com os demais animais, ditos irracionais.
No entanto, é um animal racional, o único, aliás, entre todas as espécies. Isso lhe permite não só a consciência de si mesmo, como o domínio das coisas e o aproveitamento das vantagens que sabe perceber na Natureza. E como se explica isso?
O sentido da racionalidade
Ser racional significa ser inteligente. Significa raciocínio, pensamento, compreensão, vontade, imaginação. Só o ser humano tem essa qualidade, e com ela domina, controla, cria, conquista. Os animais estão-lhe submetidos: o solo foi fecundado com sementes pelas suas mãos, perfurado para extrair suas riquezas ou rasgado em todas as direções, abrindo caminhos e espalhando progresso.
As águas dos mares são navegadas por navios possantes, além dos que buscam as nuvens com suas asas ou o espaço cósmico com seus satélites. As grutas de ontem são hoje conjuntos arquitetônicos, e de nus que viviam nossos ancestrais, passamos nós ao abrigo de confortáveis vestes.
Do fogo passamos à eletricidade, da eletricidade à libertação do átomo. De inventos primitivos como a roda, passamos ao rádio, ao telefone, à televisão, ao computador, à rede de computadores, ao smartfhone. Os conhecimentos se acumulam de forma tal que surgiram as especializações. Do primitivismo passou-se ao refinamento e deste ao apuro da espécie.
E por que só ao ser humano foi deferida tão espantosa faculdade? Porque ele se difere dos animais exatamente pela racionalidade, que é o princípio e o fim de qualquer análise nesse sentido.
Os seres irracionais têm uma constituição física. O ser humano, porém, além da sua constituição física, tem uma mente, que lhe permite ter também uma constituição psíquica.